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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Técnico de segurança português nega ser o líder do grupo LulzSec

Hugo Carvalho atribui acusação a um mal entendido. "Não tenho nada a ver com essas atividades", garante.

Apontado como um dos membros do grupo hacker LulzSec – que atacou sites de games, da CIA e do governo brasileiro, entre outros – Hugo Carvalho, técnico de segurança digital em uma operadora portuguesa, nega a acusação. Em entrevista à Computerworld, ele atribuiu a notícia a um desentendimento.
Segundo Carvalho, o domínio que motivou a suspeita (prvt.org) foi vendido por ele em novembro de 2009. Do cliente que o adquiriu, o português só possui um endereço de e-mail (xavier@openplans.com), do qual, apesar das mensagens enviadas, a Computerworld não obteve nenhuma resposta.
O grupo que o acusa de ser dos LulzSec foi contactado por Hugo Carvalho ainda em junho “para mudarem a história, mas ignoraram”, diz. Nessa altura, um grupo já tentava desmascarar o responsável pelo domínio prvt.org, mas sem sucesso.
“Não tenho nada a ver com essas atividades. É pura mentira”, garantiu, acrescentando que já entrou em contato com as autoridades do país para esclarecer a situação. O fato de ter uma empresa de hospedagem com um único servidor é “mera coincidência”, explicou.
Saiba mais: Quem são os grupos hackers e o que eles querem?
O nome do técnico de segurança surgiu como líder do LulzSec por conta das investigações de um grupo anti-hacker. A equipe analisou o domínio suspeito e chegou a vários donos; o último, como divulgado pelos blogs Fester’s Court e The Real Sabu, seria Carvalho.
Segundo ele, porém, a conta no Twitter @anonymouSabu – de onde parte das informações foi tirada – não lhe pertence. “Não conheço nenhum Sabu ou alguém que o conheça”, escreveu em seu blog.
Partiu do perfil em questão, por exemplo, a mensagem, escrita em inglês: “O Governo de Portugal não irá me extraditar”, enviada ao microblogging na última terça-feira (12/07). No dia seguinte, nova atualização. “Ok, vocês me acharam. Eu sou o Hugo. Eu estou em Portugal. A próxima pergunta é: Vocês podem me parar?”.
A confiança do líder do LulzSec, porém, não parece racional. Desde o fim do grupo, tanto o FBI como a polícia inglesa tem aumentado as investigações em busca dos membros que causaram tantos incidentes nos últimos dois meses. Alguns, dizem as últimas notícias, já foram presos.

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