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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Empresas estão gastando 56% a mais com ataques de cibercriminosos

De acordo com pesquisa, alta em relação ao ano passado é um reflexo dos ataques mais sofisticados que tem atingido as companhias.

O gasto das empresas com o cibercrime – para combatê-lo ou reverter os danos provocados – aumentou 56% este ano em relação mesmo período do ano passado, de acordo com o Instituto Ponemon, braço da HP.
“O cibercrime pode causar sérios problemas à estrutura das companhias”, afirma o estudo, que constatou que o investimento médio das corporações pesquisadas em segurança online foi de 5,9 milhões de dólares.
Segundo Larry Ponemon, fundador do instituto, há uma explicação para a alta. “Ataques sofisticados estão ocorrendo com mais frequência”, disse. Em 2010, ofensivas explícitas dominavam as tentativas – vírus, cavalos de Tróia, malwares, botnets. “Agora, vemos tipos mais complexos, como códigos maliciosos, ataques de negação de serviço, programas espiões ou mesmo roubo de dispositivos”.
Leia mais: Para o cibercrime, não há crise financeira
Para o especialista, tais pragas são mais difíceis de serem removidas, de modo que os custos para a ação aumentam. Ano passado, quando as estratégias do cibercrime eram as consideradas convencionais, demorava-se, em média, 14 dias para limpar o sistema ao custo médio de 247 mil dólares. Esses índices subiram para 18 dias e 417 mil, respectivamente.
“São ataques engenhosos e, por isso, difíceis de serem identificados”.
Defender-se também está complicado, de acordo com Ponemon. A estratégia do “soco duplo” tem sido muito utilizada. “Primeiro há um ataque de negação de serviço, para sobrecarregar o sistema da empresa e distraí-lo. Ao mesmo tempo, outra ofensiva é lançada, como um programa espião que espalha um software-cliente de botnet”.
“É quase impossível manter todos os invasores fora do sistema, é quase certo que eles conseguirão penetrá-lo”, avisa. “Portanto, o método deve mudar. Em vez de assistir ao que acontece fora dos muros, é preciso observar atentamente a situação dentro da rede”.
A pesquisa chegou a outras conclusões interessantes. Descobriu, por exemplo, que o custo per capita para empresas menores lidarem com o cibercrime é maior do que o das grandes. Além disso, o número de ataques realizados com sucesso cresceu 44%, chegando a 72 por semana – nas companhias que participaram do estudo. Por fim, elas declararam que o maior investimento está na detecção de pragas e recuperação de sistemas – 45% do capital para cibercrime está depositado nessa tarefas.

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