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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Estudantes que usam o Facebook para se exibir são narcisistas, diz estudo

Segundo Cofer Black, o terrorismo mudou drasticamente em uma década e a ciberguerra passou a ser uma das principais ameaças à defesa nacional.

Os hackers presentes na Black Hat deste ano – evento de segurança digital realizado nos Estados Unidos – ouviram um apelo patriótico durante a conferência de Cofer Black, chefe do grupo de combate ao terrorismo da CIA na época dos ataques de 11 de setembro.
“O terrorismo com que convivi já se foi”, afirmou o agora aposentado Black. “Chegou a hora de vocês”.
O ex-comandante se referiu às novas estratégias criminosas, que, em vez de partirem direto para as ofensivas convencionais, começam com ciberataques, que, mais tarde, podem causar destruições físicas. Das três principais ameaças – bacteriológica, química e radiológica – duas, as últimas, foram substituídas, de acordo com Black. Em seu lugar entraram a cinética (tropas e armas) e os ataques virtuais.
O sofisticado worm Stuxnet alterou a face do terrorismo, acredita. Ele ficou conhecido por ter invadido as centrífugas da refinaria nuclear do Irã e, ao sabotá-las, atrasar consideravelmente os planos do país.
“O Stuxnet é o Rubicon (série de TV americana) do nosso futuro. O que antes era apenas uma brincadeira em tempos de faculdade agora pode causar a destruição da infraestrutura nacional. É algo impressionante”.
Tão impressionante que as forças armadas dos Estados Unidos já consideram que ataques virtuais aptos a causar danos físicos ao país – como o corte de energia elétrica – serão respondidos à altura, com aeronaves bombardeando as estruturas do país responsável pelo cibertaque.
Para Black, as ações tomadas reduziram drasticamente a chance de outro ataque terrorista à semelhança dos de 11/09. Assim, os criminosos deverão incrementar o investimento em técnicas virtuais, pois sabem que estas também podem causar prejuízos enormes.
Leia mais: Países gastarão 12,5 bilhões para evitar ataques online
Quanto ao World Trade Center, o ex-comandante da CIA afirma que a organização sabia que um ataque estava sendo planejado; não sabia, porém, quando ou de onde ele viria. Foi difícil convencer o então presidente George Bush da urgência de uma atitude até que o desastre aconteceu. “As pessoas têm dificuldade de aceitar coisas com as quais elas nunca tiveram de lidar”.
Esse erro, alerta o especialista, não pode se repetir. Os Estados Unidos precisam estar preparados para possíveis ataques, e seus líderes prontos para agir quando chegar o momento.

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