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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Universidades dos EUA querem banda ultralarga

Iniciativa Gig.U reúne 29 instituições locais em busca de conexões de até 100 Gbps; a velocidade média atual entre as faculdades do país é de 10 Mbps.

Um grupo de 29 universidades dos EUA se juntou em um esforço para acelerar a preparação de banda larga de alta velocidade para seus campi e comunidades vizinhas, anunciaram os organizadores na quarta (27).
Nos próximos dois meses, o projeto Gig.U vai solicitar informações sobre novas abordagens para a implementação de redes de banda larga super rápidas, com um objetivo a longo prazo de ter companhias privadas construindo as redes.
As universidades vão buscar por novas ideias nos atuais fornecedores da banda larga no país, potenciais provedores e outros para superar os desafios econômicos de construir as redes de banda larga mais rápidas da história, disse o organizador Blair Levin, que trabalha no Programa de Sociedade e Comunicações do Aspen Institute e já foi diretor do plano de banda larga nacional dos EUA.
O projeto vai buscar por informações em cobertura, preços e outras questões para a implementação de conexões de banda larga de alta velocidade nas universidades e comunidades adjacentes, disse Levin. “Quais as maneiras em que as comunidades podem atuar para melhorar esse caso?”, adiciona.
E o motivo para o pedido é que as universidades locais e suas comunidades precisam de banda larga mais rápida para manter seus esforços em pesquisas na liderança mundial, disse o grupo em uma carta aberta.
“As universidades de pesquisa dependem cada vez mais de redes de alta velocidade para educar, colaborar e inovar”, diz o documento. “Infelizmente, as redes das quais nossas principais universidades dependem não fornecem a conectividade avançada necessária. Nem o plano atual do mercado para melhorar as redes é suficiente para manter nossa liderança.”
Com o projeto Gig.U, as escolas participantes não irão “aceitar a realidade atual”, continua a carta.
A velocidade média de banda larga no sistema de educação superior dos EUA é de cerca de 10 Mbps, disse Lev Gonick, CIO e vice-presidente de serviços de TI da Universidade Case Western Reserve, que faz parte do Gig.U. Muitas universidades maiores possuem 100Mbps de acesso, e algumas instituições líderes em pesquisa chegam a ter até 1 Gbps.
A escola de medicina da Case Western “não está mais satisfeita” com 1 Gbps, e agora quer 10 Gbps para lidar melhor com scans radiológicos e outros dados, disse.
O Gig.U também quer trazer velocidades mais rápidas de conexão para as comunidades vizinhas às universidades, como uma maneira de atrair ótimos talentos e estudantes, afirmou.
Em alguns bairros de Cleveland próximos da Case Western, “você tem arame de galinheiro” como infra-estrutura de Internet, alega Gonick. Ele diz que alguns moradores próximos do campus precisam usar conexão discada pela falta de banda larga.
O objetivo é melhorar constantemente o serviço de banda larga, diz Levin. “A ideia aqui é a liderança mundial e a próxima geração”, completou.
Um amplo grupo de pessoas e companhias expressaram apoio ao Gig U. Membros da Comissão Federal de Comunicações dos EUA louvaram o projeto, assim como representantes do Facebook, Craiglist e Intel. Já a operadora norte-americana AT&T chamou o Gig.U de uma “iniciativa intrigante”.

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