Problemas de segurança em smartphones e tablets ainda tornam muito arriscadas as transações feitas com a tecnologia NFC.
Talvez você se lembre ou saiba de Orson Wells citando Paul Masson dizendo: “Nós não vamos vender vinho antes que seja a hora certa”. Essa máxima pode ter sido verdadeira para o vendedor, mas infelizmente não é o que tem acontecido ultimamente no mercado de tecnologia.
O caso em questão é a crescente tecnologia de comunicação near-field communications (NFC) para smartphones. Ela vai permitir que você compre produtos apenas passando seu celular (devidamente equipado com um chip NFC, como o Nexus S) em um leitor especial.
Soa muito bem, e pode funcionar mesmo um dia. Mas por enquanto, está longe de ficar pronto, e se alguém tentar vender essa tecnologia, tape os ouvidos e cante "la la la".
O maior problema é a segurança, simplesmente porque os celulares ainda não são muito seguros. O autor do livro “Spies among us” (sem edição no Brasil) e presidente do Internet Security Advisors Group, Ira Winkle, disse que os pagamentos móveis “são um desastre esperando para acontecer”.
Além disso, há questões sérias no lado dos fornecedores também. O marketing dessa tecnologia divulga uma visão de comprar barras de chocolate ou um refrigerante com smartphones, mas lembre-se de que os vendedores pagam uma tarifa por todos os produtos comprados usando cartões de débito ou crédito.
Não é economicamente lógico gastar dinheiro com essa tecnologia e não lucrar com transações de baixo valor. A menos, é claro, que eles aumentem os preços, algo que você, consumidor, provavelmente não vai gostar.
Celulares são insegurosSe você prestou atenção no noticiário de tecnologia ultimamente, você sabe que não passamos um mês sem ver uma companhia sofrer uma violação em sua rede. Há uma razão para essa praga e não é apenas porque essas tecnologias são lançadas muito rapidamente.
Crackear (invasão para roubo de dados) não é mais diversão, é um negócio muito sério conduzido pelo crime organizado, muitos baseados na Europa Oriental e Ásia, com o objetivo global de ganhar dinheiro. Os crackers modernos miram em sistemas mais populares, por isso os usuários de Windows sofrem muito mais ataques que os de Mac, mas isso está começando a mudar. Isso me lembra de uma famosa história de Willy Sutton, o bandido da Era da Depressão, que quando perguntado por que roubava bancos, respondia: “Porque é onde o dinheiro está.”
Quando as pessoas começarem a comprar coisas com smartphones, é onde o dinheiro vai estar e o hackers vão segui-lo. O sistema operacional móvel da Google, Android, aparenta estar particularmente vulnerável. Isso é porque a empresa faz menos testes na Android marketplace e outras lojas de aplicativos do que a Apple no iTunes. Isso dá a chance de hackers disponibilizarem arquivos infectados nessas lojas virtuais para roubar informações do seu smartphone.
Isso não quer dizer que o iOS da Apple está fora de perigo: nele ele, nem os concorrentes da Microsoft ou HP.
“O sistema operacional de um smartphone controla a troca de dados entre programas, aparelhos input/output e todos os outros componentes de hardware. Se um software malicioso estiver instalado em seu aparelho, ele pode facilmente capturar o seu PIN toda vez que você o usar para pagar alguma coisa. Até que existam progressos significativos de segurança em smartphones e tablets, não é esperto usar essas tecnologias”, afirma Winkler.
E esse é o problema. A maioria de nós baixa aplicativos despreocupadamente. Um app infectado bem desenvolvido vai roubar informações do seu telefone e você não vai saber até ver o rombo na fatura do cartão de crédito.
Esquemas de pagamentos móveis já existem há uma década e, de longe, fracassaram. Alguns dos problemas são os mesmos: quem é responsável por cobranças fraudulentas e itens defeituosos ou retornados? E se você ou seu filho perder o celular (algo que os jovens quase sempre fazem) você terá de lutar para cancelar o cartão vinculado ao aparelho. Isso é terrível.
É um fato atordoante que as empresas não se importem em lançar um software (a Google é um bom exemplo) e até mesmo um hardware (como o Playbook da RIM) que ainda não estão finalizados. Tudo bem quando é o seu navegador ou mesmo o seu tablet, mas não quando estamos falando de aplicativos financeiros.
Agora, os vencedores desse jogo serão os fornecedores de smartphones, os fabricantes de chips NFC, empresas de cartão de crédito e companhias que quitam os pagamentos.
Os perdedores? Qualquer consumidor que comprar essa tecnologia antes do tempo certo.
O caso em questão é a crescente tecnologia de comunicação near-field communications (NFC) para smartphones. Ela vai permitir que você compre produtos apenas passando seu celular (devidamente equipado com um chip NFC, como o Nexus S) em um leitor especial.
Soa muito bem, e pode funcionar mesmo um dia. Mas por enquanto, está longe de ficar pronto, e se alguém tentar vender essa tecnologia, tape os ouvidos e cante "la la la".
O maior problema é a segurança, simplesmente porque os celulares ainda não são muito seguros. O autor do livro “Spies among us” (sem edição no Brasil) e presidente do Internet Security Advisors Group, Ira Winkle, disse que os pagamentos móveis “são um desastre esperando para acontecer”.
Além disso, há questões sérias no lado dos fornecedores também. O marketing dessa tecnologia divulga uma visão de comprar barras de chocolate ou um refrigerante com smartphones, mas lembre-se de que os vendedores pagam uma tarifa por todos os produtos comprados usando cartões de débito ou crédito.
Não é economicamente lógico gastar dinheiro com essa tecnologia e não lucrar com transações de baixo valor. A menos, é claro, que eles aumentem os preços, algo que você, consumidor, provavelmente não vai gostar.
Celulares são insegurosSe você prestou atenção no noticiário de tecnologia ultimamente, você sabe que não passamos um mês sem ver uma companhia sofrer uma violação em sua rede. Há uma razão para essa praga e não é apenas porque essas tecnologias são lançadas muito rapidamente.
Crackear (invasão para roubo de dados) não é mais diversão, é um negócio muito sério conduzido pelo crime organizado, muitos baseados na Europa Oriental e Ásia, com o objetivo global de ganhar dinheiro. Os crackers modernos miram em sistemas mais populares, por isso os usuários de Windows sofrem muito mais ataques que os de Mac, mas isso está começando a mudar. Isso me lembra de uma famosa história de Willy Sutton, o bandido da Era da Depressão, que quando perguntado por que roubava bancos, respondia: “Porque é onde o dinheiro está.”
Quando as pessoas começarem a comprar coisas com smartphones, é onde o dinheiro vai estar e o hackers vão segui-lo. O sistema operacional móvel da Google, Android, aparenta estar particularmente vulnerável. Isso é porque a empresa faz menos testes na Android marketplace e outras lojas de aplicativos do que a Apple no iTunes. Isso dá a chance de hackers disponibilizarem arquivos infectados nessas lojas virtuais para roubar informações do seu smartphone.
Isso não quer dizer que o iOS da Apple está fora de perigo: nele ele, nem os concorrentes da Microsoft ou HP.
“O sistema operacional de um smartphone controla a troca de dados entre programas, aparelhos input/output e todos os outros componentes de hardware. Se um software malicioso estiver instalado em seu aparelho, ele pode facilmente capturar o seu PIN toda vez que você o usar para pagar alguma coisa. Até que existam progressos significativos de segurança em smartphones e tablets, não é esperto usar essas tecnologias”, afirma Winkler.
E esse é o problema. A maioria de nós baixa aplicativos despreocupadamente. Um app infectado bem desenvolvido vai roubar informações do seu telefone e você não vai saber até ver o rombo na fatura do cartão de crédito.
Esquemas de pagamentos móveis já existem há uma década e, de longe, fracassaram. Alguns dos problemas são os mesmos: quem é responsável por cobranças fraudulentas e itens defeituosos ou retornados? E se você ou seu filho perder o celular (algo que os jovens quase sempre fazem) você terá de lutar para cancelar o cartão vinculado ao aparelho. Isso é terrível.
É um fato atordoante que as empresas não se importem em lançar um software (a Google é um bom exemplo) e até mesmo um hardware (como o Playbook da RIM) que ainda não estão finalizados. Tudo bem quando é o seu navegador ou mesmo o seu tablet, mas não quando estamos falando de aplicativos financeiros.
Agora, os vencedores desse jogo serão os fornecedores de smartphones, os fabricantes de chips NFC, empresas de cartão de crédito e companhias que quitam os pagamentos.
Os perdedores? Qualquer consumidor que comprar essa tecnologia antes do tempo certo.
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