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quarta-feira, 29 de junho de 2011

MasterCard nega ação hacker e culpa provedor por queda de site

Portal da administradora de cartões de crédito ficou fora do ar por alguns momentos na terça-feira (28/6); WikiLeaks atribuiu ação a ativistas.

A MasterCard afirmou nesta quarta-feira (29/6) que seu principal site esteve fora do ar por um curto período de tempo por causa de questões ligadas ao clima em um provedor de serviços terceirizado, negando um ataque distribuído de negação de serviço (DDoS), como alegou o WikiLeaks.
Ontem, terça-feira, o portal MasterCard.com ficou alguns momentos fora do ar. O WikiLeaks escreveu em seu perfil no microblog Twitter que “hackivistas” tinham derrubado o potal da MasterCard “por continuar com o embargo ao site”. Em outra postagem, o WikiLeaks disse que o “bloqueio bancário ilegal” estava em seu sexto mês e citou Visa, MasterCard, PayPal, Bank of America e Western Union.
Visa, PayPal, Swiss Bank PostFinance e a MarsterCard suspenderam o processamentos de pagamentos para o site pouco depois que ele começou a divulgar 250,000 segredos diplomáticos em novembro de 2010.
O grupo de hackers conhecido como Anonymous liderou uma unidade que enviou ataques DDoS contra os sites das empresas de crédito. Um ataque DDoS consiste em enviar grandes quantidades de tráfego para um site, o que pode “derrubá-lo”.
Queda abrupta
Ontem, a porta-voz da MasterCard na Bélgica não respondeu diretamente se o site foi realmente derrubado por ataques de DDoS, afirmando apenas que houve uma “Interrupção no serviço de IPS” que afetou “muitos usuários”. Não foram afetados dados de clientes, nem de executivos da empresa.

Nesta quarta-feira, contudo, um porta-voz da MasterCard afirmou que a causa "não foi um ataque".
A falha do MasterCard.com ocorrida na terça-feira foi repentina e abrupta, o que não é comum no caso de ataques DDoS, avalia Paul Mutton, analista de segurança da Netcraft.
"A maioria dos ataques DDoS que testemunhamos também resulta em tempos de resposta mais longos durante alguma parte do ataque, algo que não vimos durante a falha da MasterCard", diz Mutton. "Foi um caso de 'ou funciona, ou não'."
LulzSec
O ciberataque à MasterCard aconteceu pouco depois que o grupo de hackers Lulz Security (LulZSec) declarou haver encerrado a campanha de invasões no último sábado (25/6). Durante 50 dias de atividades, o grupo explorou as vulnerabilidades de sites empresariais e governamentais, incluindo CIA (Central Intelligence Agency), o Senado norte-americano, o britânico Serious Crime Agency (SOCA), SonyPictures.com, Fox.com e mais recentemente o Departamento de Segurança Pública do Arizona.

Um jovem de 19 anos, Ryan Cleary, foi preso em WickFord (Inglaterra) em 20 de junho por ser acusado de ter participado dos ciberataques contra a SOCA.
Ele é acusado de cinco crimes online e de distribuir ferramentas para promover os ciberataques à agência, assim como aos sites da Federação Internacional da Indústria Fonográfica e a versão britânica deste órgão.
Em janeiro, a polícia inglesa prendeu três adolescentes por participarem de ataques DDoS promovido pelos Anonymous. No começo deste mês, autoridades espanholas realizaram a primeira ação contra o grupo de hackers ao prender três pessoas que acusadas de terem participado do ciberataque à PlayStatin Store, o banco BBVA, a companhia italiana de utilitários ENEL e sites dos governos do Egito, Argélia, Líbia, Irã, Chile, Colômbia e Nova Zelândia.

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