Uma pesquisa da Symantec revela que, por terem se tornado mais acessíveis e relativamente fáceis de usar, esses kits estão sendo utilizados de modo muito mais amplo. Das atividades das ameaças presentes na Web detectadas pela companhia durante o 2010, 61% são atribuíveis a kits para ataque.
"No passado, os hackers tinham que criar suas próprias ameaças do zero. Esse processo complexo limitava o número de invasores a um pequeno conjunto de cibercriminosos altamente qualificados", explica Stephen Trilling, vice-presidente sênior do Symantec Security Technology and Response. "Os atuais toolkits para ataque tornaram relativamente fácil mesmo para um novato mal-intencionado iniciar um ciberataque. Como resultado, devemos ver ainda mais atividades criminosas nessa área e uma probabilidade maior de que o usuário mediano se torne uma vítima."
Economia do submundo
Essas ferramentas alimentam uma economia global cada vez mais organizada, auto-sustentável e rentável. Ao mesmo tempo, provocam grandes prejuízos. Um exemplo é o da botnet Zeus, alimentada por um toolkit. O retorno financeiro desse tipo de ataque foi recentemente ilustrado pela prisão, em setembro de 2010, de uma gangue de cibercriminosos que supostamente usou uma botnet Zeus para roubar mais de US$ 70 milhões de contas bancárias e de transações financeiras na Internet ao longo de 18 meses.
Além disso, os cibercriminosos anunciam serviços de instalação e até mesmo usam ferramentas antipirataria para impedir que os invasores usem as ferramentas sem pagar. Como em qualquer economia, a popularidade e a demanda aumentam o custo dos kits. Os dados da Symantec indicam que, em 2006, o toolkit WebAttacker era vendido a US$15. Em 2010, o Zeus foi anunciado por até US$8 mil.
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