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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ciab 2011: Os 7 fatores que determinarão a tecnologia bancária no futuro

O novo desenho será influenciado pela inteligência analítica, moedas digitais, consumidor, regulamentação, segurança e tecnologias além da web.

Os principais fatores que irão determinar qual tecnologia bancária estará em alta nos próximos anos foram abordados durante o congresso do Ciab Febraban. Para abordar o tema “Visão de futuro da tecnologia bancária”, estavam presentes em mesa redonda o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fernando Meirelles, além dos representantes do Ciab Febraban, Gustavo Roxo e Pedro Paulo de Almeida, que foram mediados por Carlos Eduardo da Fonseca, que atualmente pertence ao conselho da Itautec.
O debate apresentou as principais conclusões de um encontro que reuniu, em abril deste ano, 40 especialistas do setor, entre executivos de bancos, consultores, fornecedores de tecnologia e pesquisadores que se reuniram em abril deste ano. Esses profissionais apontaram os sete fatores que deverão definir o futuro da tecnologia dos bancos: inteligência analítica, moedas digitais, perfil do consumidor, regulamentação, segurança, tecnologia além da web e tecnologias disruptivas.
Inteligência analítica – tem sido crescente a preocupação dos bancos em conhecer seus clientes. Para alcançar esse objetivo, o desafio tem sido captar a quantidade de dados que instituições armazenam e que cresce exponencialmente ao longo dos anos. Se há um volume enorme informações, há também uma mudança no perfil do cliente das corporações, que está cada vez mais exigente, e quer que o banco saiba quem ele é. Esse “novo consumidor” está obrigando as instituições a fazer uma avaliação mais criteriosa da modelagem de informações disponíveis. Embora a quantidade de dados dentro dos bancos seja muito grande, uma inteligência analítica não estará completa se não levar em conta também as informações que estão fora das instituições, como a que estão presentes nas redes sociais.
Moedas digitais – Entre os fatores que impactam o tema moedas digitais estão mobile payment, inclusão financeira, regulamentação, moedas de nicho e sociais, grau de confiança dos clientes e tecnologia disponível. Entre as conclusões dos especialistas: a difusão das moedas digitais e convergentes depende da expansão das redes digitais.
Perfil do consumidor – Os bancos brasileiros estão diante do surgimento de novos “tipos” de clientes, tais como a geração Y, população idosa crescente e com maior poder aquisitivo e novas classes emergentes. Essa diversificação nos perfis dos consumidores torna mais complexa a forma das instituições bancárias estabelecerem sua política de atendimento.
Regulamentação – A crise de 2008 fez crescer o desejo da sociedade de que deve haver uma maior regulamentação do setor financeiro. Esse movimento tem impactado diretamente na área de TI dos bancos, que tem voltado mais atenção para temas como gestão de riscos e deixando, em parte, de se dedicar à inovação. O tema regulamentação também envolve as demandas do consumidor que quer, cada vez mais, regras sobre tarifas, serviços e atendimento.
Segurança – A diversificação dos canais de acesso exige dos bancos um esforço maior para manter os mesmos níveis de segurança existentes nos canais tradicionais. Ao mesmo tempo, o desafio é evitar que os mecanismos de segurança não afugentem a geração Y.
Tecnologia além da web – A disseminação de novos dispositivos que permitem o acesso aos serviços dos bancos, como smartphones e tablets, de interfaces diferentes, geram um maior desafio técnico para os bancos. Esse desafio deve ser ainda maior no futuro quando com a perspectiva de outros objetos, como eletrodomésticos e outros equipamentos, também passarem a fazer parte de uma rede;
Tecnologias disruptivas – As tecnologia podem romper a atual estrutura dos negócios dos bancos. Com a proliferação de novas tecnologias para acesso a internet, com a grande disseminação dos dispositivos móveis e processamento de rede cresce a possibilidade de surgir um novo ator no setor bancário.

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