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sexta-feira, 3 de junho de 2011

CIBERATAQUE = MÍSSEIS

Escritório de estratégia em ciberespaço do Pentágono deve formalizar possibilidade de resposta física a ataque virtual, afirma imprensa americana .

Futuros ataques virtuais contra os Estados Unidos podem causar uma resposta armada. O escritório de estratégia para ciberespaço do Pentágono deve formalizar essa possibilidade nos próximos dias, afirma o The Wall Street Journal.
Espera-se que até o final do mês o Pentágono divulgue partes de sua Estratégia de Defesa Operacional em Ciberespaço. De acordo com a publicação, 12 páginas de um relatório – acredita-se que o oficial tenha 30 – concluem que o direito de um conflito armado é aplicado ao ciberespaço assim como em um campo de batalha. Essa equivalência significa que atos virtuais podem gerar respostas mais intensas.
O porta-voz do Departamento de Defesa do Estados Unidos não quis comentar o assunto.
O fato marca uma significante mudança no pensamento militar, ao menos em termos da doutrina que agora presume que um ciberataque é motivo suficiente para provocar uma resposta armada. Em 1997, um relatório produzido pelo major Daniel M. Vadnais, concluiu que: “o atual formato da legislação internacional parece mitigado contra a inclusão de ‘hacking’ na definição de ‘força armada’, um padrão necessário para ações armadas unilaterais. Assim, a menos que os ataques iniciais cresçam a um nível que permita alguma ação em defesa própria, a nação está relegada a buscar ação com o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.”
Mas os tempos mudaram desde então. Ainda que esse documento fosse acadêmico e não representasse a doutrina oficial, tampouco reflete uma era antes que o hacking se demonstrou como complemento efetivo para uma ação militar. Dado ao ciberataque à Estônia em 2007, contra a Geórgia em 2008 e o Stuxnet em 2010 contra uma infraestrutura nuclear iraniana, entre outros incidentes, está mais que claro que um ataque virtual pode ter diversas consequências.
Tal pensamento é refletido na estratégia internacional de ciberespaço da administração do atual presidente do EUA, Barak Obama. Na página 14 do documento, é citado: “quando garantido, os Estados Unidos responderão aos atos hostis no ciberespaço assim como qualquer outro tipo de ameaça ao país”. A política também deixa claro que a resposta armada poderá ser usada, após opções diplomáticas terem sido tentadas.
Para oficiais do governo, o desafio determinará quando um ataque significante será o bastante para os mísseis.

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